Whole Lotta Love
No último sábado, vi e ouvi os Led On e foi um dos concertos da minha vida. Os Led On são só uma banda de covers de Led Zeppelin.
O que, só por si, é complicado.
Sobre os Led Zeppelin já se disse muito (quase tudo) e quem não conhece, deve ouvir. Porque deve.
Devo ter ouvido pela primeira vez, como muita gente, por influência dos discos e cassetes que os pais tinham em casa e desde essa altura que, para mim, é uma (a?) referência... Nada de mais, nada fora do normal.
Como muita gente, já dei por mim a pensar que devia ter nascido noutra época e noutro país para poder vê-los ao vivo. Nada de mais, também...
Também já dei por mim a esganiçar-me todo no duche, berrando para os meus vizinhos que "it’s been a long time since I rock and roll" ...também não devo ser o único...
Falhei todos (!) os concertos que o Robert Plant já deu em Portugal... Ok, aqui, de entre o público que estava no Santiago Alquismista, devia ser o único, mas consigo viver com isso...
Ou seja, o mais perto que alguma vez teria de poder ver o Zeppelin ao vivo seria através de uma boa banda de covers. Era disto que eu estava à espera. A banda seria os Led On. Mas esta banda é composta pelas Bestas (elogio) Alexandre Frazão na bateria, Mário Delgado na guitarra, Zé Nabo no baixo, Manuel Paulo nas teclas Paulo Ramos na voz.
(Repararam nos nomes? Leiam-nos outra vez e vejam bem quem são os LED ON... Depreende-se que as expectativas eram altas? eram, apesar de não conhecer o senhor da voz e estar na expectativa de ver "como é o que o gajo se ia safar num immigrants song", por exemplo...)
Curiosidade: Depois de sair de casa a ouvir o Goin Home, dos Ten Years After, quando cheguei a primeira coisa que se ouviu, pela agulha do MD (mete-discos) Gimba o Grande, foi o Goin Home, dos Ten Years After.
Estava em casa...
Estava em casa...
Os senhores entram no palco e tocam HORAS E HORAS DE LED ZEPPELIN, como se fossem os Led Zeppelin... Não consegui suster a excitação e tive uma sequência de orgasmos... Sim, os homens também têm orgasmos múltiplos...
Estou a tentar a todo o custo passar para o papel (ou para o monitor) tudo o que senti, mas a verdade é esta: foi dos melhores concertos da minha vida!
O Paulo Ramos tem um timbre de voz muito parecido e apesar da presença em palco não ser a mesma do Plant, não se podia esperar mais. Aposto que no público havia pessoas que, como eu, gostavam de cantar como o Plant. E aquele sacana canta como ele...
Mas o diabinho verde da Inveja esfregou as mãos de contente com a performance do Alexandre Frazão (impecável, como sempre). Não digo mais nada a não ser que, quando eu for grande, quero ser como ele. Todo o swing que o John Bonham tinha, misturado com a FORÇA da técnica e com a técnica da FORÇA...Arrepiei-me. Bonham está vivo e tem sotaque.
E o Jimmy Page, encarnado no Mário Delgado, tocou com Theramine e com arco de violoncelo e tudo... e ninguem notou que não era o Jimmy Page. Fechei os olhos e estava a ouvir o Dazed and Confused (live version)... Abri os olhos e estava a ouvir "o" Dazed and Confused, ali, ao vivo... não eram uns quaisquer a tocar um tema dos Led Zeppelin... Naquele momento, convenci-me que tinha ido ver os Led Zeppelin.
De volta à realidade.
Compreendo que foram só 5 músicos de alto nível, a prestar uma homenagem aos seus (e meus) ídolos, tocando aquelas músicas que fizeram muita gente querer ser músicos e muitos mais ficarem pelo caminho... Estes não ficaram e demonstraram que podem tocar como eles. Porquê? Porque podem, porque sabem e porque são os Led Zeppelin...
So, wheres the catch?
Led Zeppelin já não há e, na minha opinião, não haverá mais nada como eles. Podem haver músicos tão ou mais virtuosos que eles, mas o que eles fizeram mais ninguém faz.
E mesmo assim, fiquei com a impressão de ter vivido um momento único na vida. E se alguém discordar, que se lixe.
Vim a cantar (muito rouco) para casa
It's been a long time since I Rock and Roll...
3 Comentários:
ouvi dizer que eu propria devia ter ido nessa noite... por outro lado, penso que ate foi melhor nao ter estado presente, porque nao sei ate que ponto iria aguentar tanta gente á minha volta a vir-se violentamente, ao som de memórias que trazem sorrisos e outras coisas... por agora, babe I'm gonna leave you. Beijos.
BigAss.
Shut da fuck up, you silly cow! foi demais, GrandeRabo... pra kem ouviu zepp repetidamente nas aulas do peixeiro, a parte do onanismo musical aguentava-se bem..um gangbang nao faz mal a ninguem, desde ke tenhas cuidado onde pisas depois..beijos e keijos.
ouvi-os (e delirei) no avante e pensei em ti. ia mandar-te uma mensagem mas não tinha o teu número.
bjs, r.
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